Coisas do destino
Voc�s acreditam em destino?
Eu acredito e tamb�m odeio o destino, porque ele prega certas pe�as s� pra provar que existe sem medir as consequ�ncias para isso.
K�tia foi mandada pelo estado pra trabalhar na firma na fun��o de psic�loga e orientadora, mas ela fazia as suas fun��es se multiplicarem e se doava toda pra todos e n�o atendia apenas os funcion�rios que estavam sendo admitidos ou assistia os j� incorporados na firma, ela cuidava tamb�m dos seus familiares, coisa pela qual ela n�o era remunerada.
Tinha um cora��o de ouro, jamais passou por um animal faminto ou por um mendigo sem fazer algo pra ajudar, muitas vezes at� me criou problema, pois tive que contrata-los pra limpar quintal capinar jardim sem necessidade .
Por ser um trabalho que exigia demais de uma s� pessoa, embora ele fosse muitas em uma, veio se juntar a ela Cristina que por sinal � uma psic�loga brilhante e t�o jovem quanto K�tia e formadas na mesma turma da faculdade cora��o de Jesus de Bauru.
N�o havia quem n�o a amasse ou n�o tivesse um bem ou favor pra contar recebido de K�tia.
E assim juntamente com Cristina trabalhou ao nosso lado por tr�s anos enriquecendo os nossos dias.
Mas o destino escreve as paginas do nosso livro e nem sempre creditamos a ele os acontecimentos, mas, eu j� cria nele e ontem ainda mais passei a crer e a odia-lo.
Nosso hor�rio de sair � 11.15h pro almo�o e voltamos �s 13h.Quando eram nove horas da manh� ela me chamou em sua sala e disse n�o estar se sentindo bem e que n�o devia ter ido trabalhar, eu estranhei pois nunca ela faltou do trabalho em hip�tese alguma e ressaltava que ela era profissional se bem que pra mim ela era cora��o.
Comunicou-me que sairia mais cedo e que n�o voltaria mais aquele dia retornando s� na quinta que seria hoje, eu quis saber o que ela tinha, o que sentia se precisava de m�dico pois n�o era comum ela sair mais cedo do trabalho por n�o estar se sentindo bem, mas por mais que eu insistisse ela n�o quis m�dico e disse que tinha que ir que n�o estava bem e precisava respirar.
Chamei ent�o Cristina e pedi que a acompanhasse at� sua casa, e por serem muito amigas, isso ela aceitou sem r�plica, mas a� veio destino de novo e j� na Sa�da do port�o o telefone tocou e da outra firma pedia presen�a de Cristina pois havia uma carga muito grande de entrevista e a psic�loga de la estava perdida, fato que at� hoje tamb�m n�o tinha ocorrido.
Vi que as duas estavam se dirigindo ao carro de K�tia e abordei Cristina comunicando as ordens para ela ir na firma central, pois receber�amos um pessoal ainda no per�odo para testes. K�tia disso que iria sozinha e, a� sim, se negou prontamente que outra pessoa a acompanhasse at� a sua resid�ncia.
Nossa firma fica a dois mil metros de uma rodovia vicinal muito movimentada e pra evitar o transito do centro da cidade todos n�s preferimos fazer essa caminho e por La que K�tia foi tamb�m .
Dez minutos depois um alvoro�o incr�vel de bombeiros e param�dicos em carro de resgates uivava suas sirenes sendo ouvidas por todos n�s que nem sequer imagin�vamos o motivo de tal balburdia. Como eu posso ver a pista de onde trabalho avistei que os bombeiros estavam logo na sa�da da pista e corri at� la pra ver o acidente, mas sem nem sequer me passar pela cabe�a que era K�tia o motivo das sirenes.
Ao chegar minha alma ficou fria, vi o carro dela todo retorcido, com certeza cruzou a pista desatenta e foi colhida em cheio por um caminh�o canavieiro.
Aproximei-me lentamente e ai vi o trabalho dos bombeiros tentando tirar apenas seu corpo de la porque sua alma j� tinha subido pra Deus.
Antes de qualquer coisa qualquer provid�ncia chorei pesadas l�grimas desacreditando cada vez mais na justi�a divina.
Hoje depois de sepultar a nossa K�tia de apenas 30 anos eu me pus a pensar no destino e vi o quanto ele foi presente e incisivo, ao fazer K�tia sair mais cedo do trabalho coisa que ela nunca tinha feito, de n�o deixar Cristina leva-la, coisa que a salvaria, e impediria dele cumprir seu objetivo funesto, de fazer com que K�tia n�o aceitasse outra pessoa pra acompanha la . Porque ele tinha marcado que ela morreria as 10.00 da manh� da quarta feira e ele queria s� ela naquela manh� , ningu�m mais.
Coisas do destino.
Gra�a e paz
Beijo santo do seu poeta
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*JOSU�... UM AMIGO DE PLANT�O*
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