UM SONHO QUE ESCORREGOU





Pau de sebo


No grupo escolar da minha inf�ncia
Que os anos acenam pra dist�ncia
Lembran�as das festas de S�o Jo�o
Junto aos fogos explodia o cora��o.

As pipocas, a pa�oca e a canjica,
Fria noite, como a lua era bonita!
Com brilho e energia alvissareira
Aquecendo no calor da fogueira.

O pau de sebo, atra��o principal
Faz�amos uma for�a descomunal
Pra pegar a nota de dez cruzeiros
Que seria do que chegasse primeiro.

Escorreg�vamos, os ombros eram degraus
S� assim chegar�amos ao topo do pau
E depois vitoriosos faz�amos a divis�o
Uma moeda era a medalha de cada campe�o.

Comparo a vida e as esperan�as perdidas
Ao pau de sebo e nota t�o concorrida
Como fosse um sonho, arredio ou inating�vel
E alcan��-la sem escorregar seria imposs�vel.

Tristeza � quando a festa se acaba
A fogueira vencida pelas cinzas se apaga
E o sonho fica alto tremulando esquecido
Sem ser conquistado, da vida banido.


Josu� Bas�lio Oliveira


Gra�a e paz



Beijo santo do seu poeta

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E eu que j� morri tantas vezes e tantas renasci para viver,
�s vezes penso que vivo porque n�o sei mais morrer
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