A poesia da chuva


� tarde j�, cheguei a pouco trazido por passos lentos
Cansado, o corpo reclama por descanso e pede paz
A cabe�a cheia de ru�dos que nem pensar � capaz
Pensamentos camuflados no ruflar das asas do vento.

Deito no ch�o gelado, sinto as resist�ncias vencidas
Olhando o teto como uma tela de confusas imagens
Cenas de mundos distantes ou at� perdidas miragens
Em busca de sonhos perdidos pelos caminhos da vida.

Rasgo um papel que me pareceu in�til e sem valor
E os peda�os picados atiro pro alto e caem no vazio
A chuva bendida da o ar da gra�a depois do seu estio
E escreve com dedos dos anjos sua poesia de amor.

Eu ou�o a chuva que faz do seu lamento uma can��o
E penso em dormir sem sonhar ou pressa de acordar
De que vale tanto tempo se ele passa t�o devagar
Gritando como um louco na voz rouca do trov�o?


Josu� Bas�lio Oliveira





Gra�a e paz



Beijo santo do seu poeta

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E eu que j� morri tantas vezes e tantas renasci para viver,
�s vezes penso que vivo porque n�o sei mais morrer
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