Ja�
Velha Ja�, Ja� querida
Cidade que toda minha vida
Somente a ti pertenceu.
Eu brinquei em tuas ruas,
Escrevi versos pra tua lua,
Amando-te na crian�a que era eu.
Na tua enxurrada flutuei meus barquinhos,
Bebi a chuva que me molhava com carinho,
Saudosas tardes de radiantes alegrias.
E no teu c�u, t�o mais baixo que meu sonho,
Naquelas manh�s de vendaval medonho,
Empinei mais alto minhas fantasias.
Fui crian�a sim, um moleque traquinas,
Nas voltas pelas suas esquinas,
Era em ti que batia meu festivo cora��o.
Joguei futebol nos teus campos de felicidade,
Mergulhei fundo nos teus lagos de saudade,
Rodei pi�o no seu aben�oado ch�o.
Ch�o que me viu crescer,
A crian�a vendo o homem nascer.
Na tua pra�a, minha primeira paix�o,
O novo e delicioso caminho do amor,
Coroado pela primeira l�grima de dor
Regando tuas flores na minha desilus�o.
T�nues lembran�as na neblina do passado,
Hoje desperto do meu sonho encantado.
Teu solo j� n�o sente os leves passos,
Teu c�u j� n�o recebe minhas pipas,
Minhas imagina��es n�o s�o mais t�o ricas
Nem t�o forte s�o meus bra�os.
Teu brilho bem maior ap�s quarenta anos,
Selva de pedra, mas de cora��o humano.
No menino e no poeta �s amor sem fim.
Se eu tiver que dizer adeus, se for embora,
Em todo momento, a toda hora,
Ja� continuar� morando dentro de mim.
Josu� Bas�lio Oliveira