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L�GRIMAS


Tantas vezes percorreu meu rosto,
Gelando a alma feito um grito molhado.
Saudades de long�nquos s�is posto,
Lavando tristeza de um sentimento fracassado.

Falou-me da dor do amor, que tanto me feriu
Enquanto desenhava meus tra�os com seus dedos,
Suavemente em meu rosto como p�tala que caiu
De uma rosa, feito o orvalho, confessando seus segredos.

Em tantas noites, que sem repouso, se fizeram dia.
Tatuada no travesseiro uma mancha do�da,
Lembran�as de sonhos e alegrias perdidas,
Guardadas pra sempre nas fronhas da minha vida.

Minha l�grima, pequena fonte, do meu sonho
Que gota a gota irrigou minha poesia
Em versos que at� hoje componho

E que feliz morreu em minha boca, serena, sem dor
Quando um anjo, te trouxe transformada em alegria
Misturada aos sorrisos, eu chorei por amar, por amor.



Um dia a l�grima disse ao sorriso: invejo-te porque vives sempre feliz. O sorriso respondeu: engana-te, pois muitas vezes sou apenas o disfarce da tua dor.




Josu� poeta
23/05/08
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