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JOGO DE XADREZ!
O REI soberano reinava absoluto.
A RAINHA, sua musa, a inspira��o,
Nos sonhoS, na fantasia, na ilus�o,
Na vida, na luta, na cama, na soleira.
Majestosa mulher, guerreira,
Imponente combatente, destemida
Qualquer arma podia dominar
Pelo seu rei, entregaria a vida.
O BISPO na diagonal, correndo do sul ao norte,
Bradava gritos de guerra pra seu amo defender.
A TORRE oscilando na horizontal e na vertical,
Amea�adora, a luta n�o podia temer.
O CAVALO em seu �L� trai�oeiro,
Bom companheiro,
Faria destro�os de quem ousasse o rei ofender.
O PI�O de olhar empinado, altivo, sem medo da morte,
Marchando � frente, na m�o uma espada,
Seu corpo, seu escudo,
Resignado, mudo.
Sua vida por nada.
Todos fugindo do predador
E predador querendo ser.
O jogo teve in�cio, a vida pelo rei, seu ideal.
Com as armas que tinham, at� o final.
O blefe n�o teve lugar neste jogo da verdade.
E eu, meu anjo, no jogo da vida,
Joguei com ferocidade,
Neste tabuleiro s� de ida,
Lutei como um louco pra vencer
E ter voc� ao meu lado.
Minha.
Conquistada.
Dominada.
Meu motivo de viver,
O trof�u mais desejado.
O tempo, enfim, � acabado.
Joguei mal, muito mal.
Vi se perder, um a um, meus companheiros,
Meus versos, minhas l�grimas, meus talentos, meu amor,
Fi�is escudeiros.
Lutaram em v�o diante do destino senhor,
E, indefeso, cada vez mais isolado,
A perdi, minha RAINHA adorada.
Eu, o REI, numa emboscada,
Encurralado covardemente,
Levei, de uma forma inclemente,
Sem adeus nem despedida,
O XEQUE MATE da vida!
Josu� de Oliveira / L�dia Sirena Vandresen
(23.06.08)
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