*
*
*
�XTASE
Meu amor!
Eu lhe digo tanto isso
E sinto ainda mais este amor
Que teima em ser loucura.
E n�o me reconhe�o
Quando te abra�o,
N�o sou eu que na metamorfose
Transmuta-se num desvairado
E te toma nos bra�os
Com uma �nsia de quem
Fosse perder o bem mais precioso
Ou talvez a pr�pria vida.
Eu me agarro em seu amor
E seu corpo esmorece
Desfalecendo em minhas m�os.
N�o desperto e me atiro em voc�.
Feito um demente que se joga
Num abismo onde o fundo
Confunde-se como eco,
Pois por certo fundo n�o existe.
Como um naufrago se debatendo
afogando-se num mar de gemidos
E prazeres onde o sonho uiva feito um lobo
Uivo estridente que penetra em sua alma
Igual o gume da mais mortal arma branca.
Meu amor! Quem sou eu?
N�o sou seu cavalheiro, lorde ou gentleman,
sou apenas um peda�o de loucura
Querendo ser parte de voc�.
No fim do transe, desperto do hipnotismo voraz
Olho seu rostinho e com o reverso da m�o
Aliso sua face molhada, que sorrindo
Suavemente me pergunta:
�Voc� est� bem?�
Meu anjo desculpe-me,
Quase te arranho
Esse amor estranho,
Que me faz sair de mim.
Quando acordo vejo que mergulhei
No precip�cio com a morte
E seu beijo me ressuscitou
Trazendo pra minha natureza
E minha realidade
Que � te amar suavemente.
Josu� Bas�lio Oliveira
10 fevereiro de 2009
9.08 h
*
*
*