CACHOEIRA



Cachoeira que t�o linda se mostra
Despencando da encosta
Feito um acrobata demente
Com seu grito de guerreira
Na manh� alvissareira
Que a beija docemente.


Nasceu calma em forma de fonte
Desvirginando o monte
E ainda crian�a se fez rio
Navegando a seguir seu destino
Sentindo o seu rosto de menino
Encrespado pelo vento frio.


E no momento de maior entusiasmo
Feito da natureza um orgasmo
Seu torpor torna-se violento, bravio
Voc� nada mais � na verdade
Vestida nessa ferocidade
Que o Grito incontido do rio.


Cachoeira amiga, t�o iguais as nossas �guas
Tamb�m tenho um rio de m�goas
A correr dentro de mim.
E ao extremo de triste e aflito
O meu leito brada alto seu grito
E a cachoeira torna-se um peda�o de mim.


Josu� Bas�lio Oliveira
27/04/09
Segunda-feira
21.10h