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Um cora��o marinheiro
Cora��o cigano do mar, aventureiro, vagabundo.
Em cada porto um amor, em cada amor uma poesia.
Flores e serestas aos p�s da mulher mais linda do mundo
No galanteio e sedu��o fazia de sua vida uma fantasia.
O veleiro atracado, no porto escuro e frio.
Feito um demente o cora��o poeta inquieto e vivo
Descobrindo em terra firme os encantos do mar febril
Envolvendo, fascinando fazendo sua ancora seu motivo.
O navio apitava, a sirene anunciava, era hora de zarpar
E o tresloucado cora��o, atirava-se antes da prancha subir.
Deixando l�grimas, saudades, e a poesia sem terminar.
Abra�ando seu mar e esperando outro porto surgir.
Mas um dia, numa doca encantada, indefeso se apaixonou.
E viu seu veleiro t�o querido partindo ao seu aceno
Nunca mais os amores que mar levaria, sua busca findou.
Sentiu bater em si, o amor sincero, o gostoso veneno.
Guardou em seus olhos o mar agitado.
Mas em outro cora��o fez seu porto seguro.
Jamais escreveu outra poesia com gosto salgado
Navegou docemente, descobrindo o amor verdadeiro, e puro.
Josu� Bas�lio Oliveira
14/9/07