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"Eu me achava superior"
 Caroline Celico, mulher do craque do futebol Kak�, conta como ele enfrentou a m� fase profissional, assume que era fan�tica quando pertencia � Igreja Renascer em Cristo e diz por que deixou de frequent�-la

Caroline Celico, 24 anos, est� atrasada. Quando chega ao terra�o do hotel onde a conversa foi marcada, entra com pressa e pede desculpas. �Levei um ch� de cadeira do pediatra�, explica ela, impec�vel na maquiagem, na roupa, nas joias e na dic��o. M�e de Luca, 3 anos, e Isabella, 6 meses, ela aproveitou a passagem pelo Brasil para levar os dois ao m�dico. Mulher de Kak�, craque do Real Madrid e eleito, em 2007, o melhor jogador de futebol do mundo pela Fifa, ela est� no Pa�s para lan�ar a segunda edi��o de seu CD e DVD evang�licos. Dois anos depois de deixar a Igreja Renascer em Cristo, do ap�stolo Estevam Hernandes e da bispa S�nia, ela colhe os frutos de sua liberdade espiritual. �Amadureci em coisas que eram tabu para mim�, admite. �Eu me achava superior. E essa � das piores caracter�sticas que j� tive na vida.�

O processo de amadurecimento de Caroline n�o foi f�cil. Aos 15 anos, come�ou a namorar uma das grandes estrelas do futebol brasileiro. Um ano depois entrou, segundo ela, por vontade pr�pria para a Igreja Renascer em Cristo, da qual Kak� sempre fez parte. Batizou-se, matriculou-se em grupos de estudo da �B�blia� e passou a frequentar os cultos de maneira quase compulsiva. A m�e da jovem, Ros�ngela Lyra, 46 anos, cat�lica, empres�ria da moda e representante da Dior no Brasil, percebeu o exagero e tentou conter a filha. �Ela quis me proteger da Renascer. Tentou me afastar da igreja, mas sempre que ela tentava, eu entrava mais e mais�, lembra Caroline. As brigas ultrapassaram os limites das disputas entre adolescentes e seus pais e as duas quase romperam. �Cheguei a jogar fora as coisas dela de santo, a quebrar uma pulseirinha, diz. �Me envolvi completamente, fui fan�tica.�

Em 2005, aos 18 anos, Caroline se casou na sede da Renascer, ent�o na avenida Lins de Vasconcelos, no bairro do Cambuci, �rea central da cidade de S�o Paulo. O pr�dio viria a ruir quatro anos depois por problemas de conserva��o e manuten��o da estrutura, matando nove pessoas e ferindo outras 117. Vivia o �pice da f�. Quando se mudou para a It�lia, onde o marido j� morava desde a transfer�ncia para o time do Milan, em 2003, desembarcou convencida de que expandiria a Renascer na Europa. Foi nesse per�odo que ela se tornou pastora e passou a pregar para o rebanho da Renascer via internet. Em 2009, durante um desses serm�es, sugeriu que Deus havia dado dinheiro para o Real Madrid, em plena crise financeira, para contratar seu marido. �Me arrependo profundamente dessa declara��o. Escutei de uma pessoa e repeti�, diz. Quando questionada sobre o autor da frase, ela sorri, toma um gole de �gua e desconversa. �N�o penso mais como aquela Carol, mais imatura, influenci�vel. Quero seguir o meu caminho com as minhas pr�prias pernas. Esse foi o motivo pelo qual sa� da Renascer.

Foi tamb�m em 2009 que ela deixou a igreja. Sem dar detalhes, conta que viu coisas na Renascer que nunca tinha visto, das quais j� tinham falado para ela, mas que nunca havia acreditado. Em seu mea culpa, n�o poupa a si mesma. Reconhece que tentava agradar aos homens e n�o a Deus, defeito grave entre os evang�licos, e admite a pr�pria hipocrisia. �Ia para a igreja, era super hero�na da f�, super pastora, mas chegava em casa e tratava mal a pessoa que trabalhava para mim�, diz. Como uma esponja, justifica-se ela, absorvia o comportamento dos que a rodeavam no ambiente que mais frequentava, a igreja. Segundo ela, era gente �que n�o podia dar o que n�o recebeu�, como carinho, educa��o e respeito. � direta sobre os problemas da Renascer: �Virou um neg�cio que precisava ser administrado�, afirma. �N�o queria isso para mim.�

Hoje sem pertencer a nenhuma igreja, ela prefere orar em casa, sem intermedi�rios e s� com a fam�lia. Que, segundo Caroline, estreitou os la�os depois do tempo em que Kak� passou em casa se recuperando das les�es que sofreu por insistir em jogar, mesmo machucado, a Copa de 2010. �Vimos que futebol n�o � tudo�, resume ela. Nos momentos de des�nimo do marido, Caroline conta que enumerava as conquistas do jogador para anim�-lo. Mas a travessia foi dif�cil. �Alguns amigos se afastaram por ele n�o estar jogando tanto�, revela. �Isso acontece em qualquer profiss�o, ainda mais quando a pessoa tem uma visibilidade gigantesca como � o caso do Kak�, acrescenta Caroline, para quem talvez essa tenha sido a pior parte da fase em que ele n�o jogou.

Convocado pelo t�cnico Mano Menezes na semana passada para os amistosos da Sele��o Brasileira contra o Gab�o e o Egito, Kak� voltar� � evid�ncia e os tais colegas certamente ressurgir�o. Caroline os receber� de bra�os abertos. �A gente tamb�m precisa de colegas, n�o s� de amigos�, diz, com a toler�ncia e a resigna��o que marcam esta nova fase de sua vida. Enquanto o marido retoma o futebol, aos poucos, Caroline j� se dedica a um novo projeto chamado Amor Horizontal. Trata-se de um site que canalizar� doa��es na forma de produtos de higiene, alimenta��o e sa�de, entre outros. �Quero ajudar pequenas institui��es que cuidam de crian�as carentes, seja qual for a f� que elas praticam�, diz, mostrando que a antiga Caroline ficou no passado.


 



Comentários
/1directioninfection em 29/10/2011 �s 10:30 disse:
te adicionei (:

Fotos com mais de 20 dias nao podem ser comentadas.
/kakacara
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