Quando eu me for, que n�o me transforme em uma l�grima em teu rosto; mas na lembran�a de um sorriso, em teu cora��o.

Se me amas, n�o me deixes ser a saudade que faz sofrer, e sim aquela que traz a sensa��o de companhia.

Acima de tudo, n�o te desesperes.

Pois, se � certo que a morte n�o existe, o teu desespero ecoar� em mim onde eu estiver.

N�o penses em mim como algu�m que se foi.

Pensa, antes, que por algum tempo pude estar a teu lado e envolver-te em meu amor.

Pensa que sempre estarei presente.

Haver� um pouco de mim
na brisa que te acaricie,
no sol que te aque�a,
em todo aquele que vieres a amar.

Poupa-nos a inutilidade dos afagos p�stumos.

Pois s� poder�s acariciar um corpo vazio; apenas a sensa��o do teu amor ser� capaz de afagar-me a alma.

N�o dever�s buscar o meu t�mulo.

Pois ali n�o estarei, e n�o me poder�s encontrar. � na tua lembran�a e no teu cora��o que me encontrar�s, sempre que de mim necessitares.

Conserva-me viva.

Porque jamais morrerei em ti, a menos que o desejes. Assim como a rosa n�o morre, enquanto a roseira produzir um novo bot�o.

N�o exaltes as minhas qualidades, nem diminuas os meus defeitos. Seria como se criasses uma imagem, para justificar o teu amor; como se te envergonhasses, por me amar como fui.

Guarda-me contigo.

Em tudo que te possa ter ensinado, ou que contigo possa ter aprendido. Nos sorrisos e l�grimas que repartimos, nas alegrias e tristezas que nos tenhamos provocado.

Assim, ver�s que nas menores coisas estarei presente.

E, como toda a vastid�o do Universo � insuficiente para separar aqueles que se amam, dia vir� em que de novo estarei a teu lado.

Ent�o, descobrir�s que jamais te deixei.