A Doce Can��o
Pus-me a cantar minha pena
com uma palavra t�o doce,
de maneira t�o serena,
que at� Deus pensou que fosse
felicidade � e n�o pena.
Anjos de lira dourada
debru�aram-se da altura.
N�o houve, no ch�o, criatura
de que eu n�o fosse invejada,
pela minha voz t�o pura.
Acordei a quem dormia,
fiz suspirarem defuntos.
Um arco-�ris de alegria
da minha boca se erguia
pondo o sonho e a vida juntos.
O mist�rio do meu canto,
Deus n�o soube, tu n�o viste.
Prod�gio imenso do pranto:
� todos perdidos de encanto,
s� eu morrendo de triste!
Por assim t�o docemente
meu mal transformar em verso,
oxal� Deus n�o o aumente,
para trazer o Universo
de p�lo a p�lo contente
Pus-me a cantar minha pena
com uma palavra t�o doce,
de maneira t�o serena,
que at� Deus pensou que fosse
felicidade � e n�o pena.
debru�aram-se da altura.
N�o houve, no ch�o, criatura
de que eu n�o fosse invejada,
pela minha voz t�o pura.
fiz suspirarem defuntos.
Um arco-�ris de alegria
da minha boca se erguia
pondo o sonho e a vida juntos.
Deus n�o soube, tu n�o viste.
Prod�gio imenso do pranto:
� todos perdidos de encanto,
s� eu morrendo de triste!
Por assim t�o docemente
meu mal transformar em verso,
oxal� Deus n�o o aumente,
para trazer o Universo
de p�lo a p�lo contente