Vento
Passaram os ventos de agosto,levando tudo.
As �rvores humilhadas bateram,bateram com os ramos no ch�o.
Voaram telhados,voaram andaimes,voaram coisas imensas:
os ninhos que os homens n�o viram nos galhos
e uma esperan�a que ningu�m viu,num cora��o.
Passaram os ventos de agosto,terr�veis,por dentro da noite.
Em todos os sonos pisou,quebrando-os,o seu tropel.
Mas,sobre a paisagem cansada da aventura excessiva - sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crian�as procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.
- Cec�lia Meireles
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Passaram os ventos de agosto,levando tudo.
As �rvores humilhadas bateram,bateram com os ramos no ch�o.
Voaram telhados,voaram andaimes,voaram coisas imensas:
os ninhos que os homens n�o viram nos galhos
e uma esperan�a que ningu�m viu,num cora��o.
Passaram os ventos de agosto,terr�veis,por dentro da noite.
Em todos os sonos pisou,quebrando-os,o seu tropel.
Mas,sobre a paisagem cansada da aventura excessiva - sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crian�as procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.
- Cec�lia Meireles
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