Sou a paz que habita alguns seres
a procura, a ventura, a luz
mesmo podendo escolher meu caminho
sou dos p�ssaros feridos, o ninho.
Vento que toca a l�grima no rosto
� o carinho inventado por mim
onda do mar, buscando o amor, sou eu
O sol ao nascer, � de mim um rompante.
Sou a homenagem de Deus para alguns
resqu�cio de amor desse mundo imundo
aragem fresca que banha as plan�cies
�rvores fortes, crescidas na encosta rude.
Eu sou a luta, sou a vida e sou a morte
serei sempre a parceira de um forte.
sonhar incessante, almejado, querido
raz�o constante de n�o sei quantas vidas.
Sou a amiga que empresta o colo macio
na tarde dolente, de m�goas e alma carente
a esperan�a no leito de um rio fluente
que corre na vida dos que t�m poder.
Sou esquecimento, lembran�a, saudade
sou abandono e o arrependimento tardio
sou a luz de um outro caminho que se abre
na vida de quem procura a verdade.
Sou o afeto sublime para doar a quem merece
car�cia morna, �s vezes sou uma prece
dos s�bios que sabem sondar minha alma
sou a vertiginosa escalada que muito enobrece.
E sou tamb�m, em maior n�mero talvez, a dor
ilus�o perdida, encantos de uma vida partida
mas se tiver a sensibilidade que os poetas t�m
Pode me ter somente o lado bom, nunca o desd�m.
E posso ser, por amor, jamais por gratid�o, mulher
parceira conivente de um momento de del�rios vivos
que lhe tira o saber em troca do prazer, e o enlouquece
na divis�o mais s�bia que Deus inventou: o ato de amor!
Sou tudo isso e muito mais, se voc� quiser...
porque eu sou MULHER!
Tere Penhabe