Vip Lia Mel

Com o passar do tempo vamos
ficando mais criteriosos.
Coisas que antes nos satisfaziam nï¿½o nos satisfazem mais...
Repensamos trabalho, relacionamentos, o dia-a-dia...
E nos perguntamos por que demorou tanto tempo para
cair ï¿½ ficha...

Sï¿½o pequenas... Ou grandes coisas...
Relacionamentos desgastados por mentiras, abusos...
(e quando falo aqui de ï¿½abusosï¿½) nï¿½o falo daqueles do corpo...
Mas sim aqueles que transcendem os limites da matï¿½ria e nos
atingem na sacralidade maior que ï¿½ o nosso espï¿½rito.

ï¿½ na sacralidade dos sentimentos, no gostar do outro,
no querer bem (que sejam relaï¿½ï¿½es de amizades ou relaï¿½ï¿½es entre casais.)
que queremos e devemos ser encontrados na essï¿½ncia da confianï¿½a,
do doar-se ao outro.

Dizem que sï¿½ o tempo leva um grande amor.
Penso diferente se levou era porque nï¿½o era amor.
O amor nos amadurece nos dï¿½ paciï¿½ncia, ï¿½ cultivado
no respeito, no cuidar do outro, no querer o melhor
para o outro.

Quem ama nï¿½o precisa se sentir ï¿½Maiorï¿½ ou ï¿½Melhorï¿½ do que o outro.
O amor verdadeiro ï¿½ um recurso que nos salva de nï¿½s mesmos.
ï¿½ um encanto e desencanto constante, alimentado sï¿½ ou quase
pela confianï¿½a e respeito.
Quando amamos nos aproximamos do divino, queremos ser sempre
e dar o melhor de nï¿½s.

Mas ï¿½ necessï¿½rio que a relaï¿½ï¿½o como uma casa seja construï¿½da,
que seus alicerces sejam fortes (confianï¿½a, respeito, carinho, honestidade)
aï¿½ podem vir as inundaï¿½ï¿½es,
tempestades... Estaremos firmes na certeza que somos dois que
se completam em um.
E assim podemos enriquecer a construï¿½ï¿½o, a arquitetura
da relaï¿½ï¿½o.

Algumas pessoas tropeï¿½am pela vida, em busca de algo que
nem elas sabem o que ï¿½. E vï¿½o deixando de escutar e examinar
as verdades do seu coraï¿½ï¿½o.
Acham que sï¿½o destinados a algo maior e vï¿½o deixando passar
os presentes e dons recebidos no dia-a-dia.
Aï¿½ de repente em meio a perdas se perguntam...
E, agora?

E eu respondo dentro da minha pequenez, cuide bem da pessoa
que o ama, daquela que faz sorrir seu coraï¿½ï¿½o, da construï¿½ï¿½o do
alicerce da relaï¿½ï¿½o, da arquitetura do seu querer, porque o tempo
voa e amanhï¿½ vocï¿½ pode nï¿½o estar mais aqui.

E, agora?
Agora ï¿½ hoje!
Ontem jï¿½ foi...
E o amanhï¿½ ï¿½ uma incï¿½gnita.

(Vera Beaucamp em 18/08/2011)