O caminho de Deus!
Um dia, conversando com Deus, Ele mostrou-me dois caminhos: �Filha, existem dois caminhos que nunca se cruzam, cabe a ti escolher qual deles queres seguir�. Implorei: �Senhor, n�o quero ter que escolher, diga-me qual � o melhor!� � �Siga �quele que o levar� a mim�- respondeu-me Ele. � �Senhor, como saberei ?� � . �Voc� saber�- Afirmou-me o Pai. Mais uma vez implorei: �Permita-me, Senhor, que eu v� pelo menos at� a metade do trajeto e possa voltar e tomar o outro, caso descubra que escolhi o caminho errado.� � �Claro, minha filha, voc� pode fazer isso, mas n�o te demores a perceber, fique atenta!� Respondeu-me Ele.
Neste momento, vi-me diante de uma encruzilhada. � minha esquerda, uma linda estrada, larga, plaina, cal�ada, iluminada com luzes suspensas em postes ao longo das margens floridas. Muitas pessoas se aglomeravam e tomavam, felizes, aquele trajeto. Havia m�sica e muita alegria entre eles. � minha direita, olhei com tristeza para um caminho estreito, sinuoso, cheio de buracos e pedras empoeiradas... Ao inv�s das flores, muitos espinhos e arbustos margeavam aquele triste e silencioso desfiladeiro. Algumas pessoas se aventuravam a optar por ele, e eu pensei: �Loucos! � claro que aquele caminho jamais levaria a Deus, que � t�o perfeito e amoroso!� E entrei alegre e confiante na larga estrada.
No entanto, as palavras de Deus n�o me sa�am do pensamento: �Fique atenta�. Por isso, � medida que andava, comecei a observar tudo o que acontecia ao longo da caminhada. Percebi que a m�sica era alta e barulhenta e as pessoas n�o dialogavam, comiam e bebiam com vol�pia, algumas ca�am embriagadas, outras famintas, ou cansadas. Ningu�m se compadecia. Ningu�m parava, pulavam por cima, davam-lhe a volta, quando n�o reclamavam. Algumas adoeciam, crian�as choravam, casais brigavam, outros emudeciam... Assim, quanto mais adentro caminhava, mais observava as fisionomias das pessoas irem se amargurando e resmungando uns contra os outros. N�o demorou muito e me deparei com um jovem drogado. Mais adiante, uma crian�a espancada. Algu�m tinha sido roubado e gritava nervosamente. N�o tardou que eu encontrasse algu�m chorando desesperado diante da jovem assassinada. Nossa! Mas apesar disso tudo, o caminho continuava lindo, as flores estavam ali, as luzes e a m�sica!... Muitas pessoas insistiam em dan�ar alheias a tudo o que acontecia ao seu redor, outras desistiam e entregavam-se ao des�nimo prostradas � beira da estrada, com os olhos desesperan�ados fixos no nada. N�o! Definitivamente, aquele caminho n�o levaria a Deus!
Voltei apressadamente. Sentia que meu tempo estava esgotando, minhas pernas bambeavam diante da possibilidade de n�o conseguir chegar a tempo ao outro caminho ��N�o te demores a perceber�. Finalmente, cheguei. E, sem hesitar, entrei no caminho estreito. Continuava n�o entendendo porque Deus teria escolhido um caminho t�o feio para levar-nos a Ele, mas, � evidente que era este, pois o outro, s� podia levar ao inferno! Mal dei alguns passos e tropecei numa pedra e feri meu p�. Gemendo, desapercebida, pisei num espinho. �Aiii, Senhor!� Desolada, sentei-me numa pedra. Alguns minutos depois, uma mocinha aproximou-se de mim e logo vieram seus amigos e outras pessoas. Um oferecia-se para trazer-me �gua, outro cuidava de meus ferimentos, algu�m mandou vir um homem forte e robusto que me ajudou a caminhar at� que meu p� deixasse de doer. Muitos cansavam, tinham fome, outros se machucavam, assim como eu. O trajeto era dif�cil, todos precisavam caminhar com muito cuidado e devagar, mas a grande diferen�a que pude perceber � que ningu�m era deixado para tr�s, ningu�m ficava com fome se algu�m tivesse algo para repartir, e sempre aparecia algu�m que tinha! Assim, o pouco se transformava em muito, e � medida que avan��vamos estrada adentro, mais unidos fic�vamos e nossas faces se iluminavam transmitindo paz e alegria no olhar. N�o demorou muito e est�vamos cantando e louvando a Deus!
Neste momento acordei sorrindo! Que sonho maravilhoso e esclarecedor! Agora n�o teria mais d�vida de qual caminho era o do c�u. N�o importa o que nos cerca, se flores ou espinhos, o que nos levar� ao Pai, � o amor que tivermos para com o nosso irm�o!
Am�m!
L�dia Sirena Vandresen
17.10.2006
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Texto em ingl�s
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Pela lei n� 9.610/98,
Viol�-los � crime estabelecido pelo Artigo 184
do C�digo Penal Brasileiro
Obrigada por voc� ter nascido!
Obrigada por fazer parte de minha vida!
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