*
*
*
CONTINUA��O.....
E a cobra me picou!!!!!!!!
Pois bem, a viagem est� chegando ao fim,
e enfim chegou o dia do meu encontro com a cobra.
Na verdade, est�vamos programados pra voltar
somente na segunda feira, dia 28,
mas na sexta-feira logo cedo,
recebi a not�cia de que meu pai havia passado
a madrugada muito mal.
Ent�o decidimos antecipar a partida
para a madrugada de s�bado.
Mas, precis�vamos podar as �rvores do quintal,
e isso eu fazia quest�o de coordenar.
Eu j� havia iniciado essa tarefa no dia anterior
e agora estava ansiosa pra concluir,
assim meu marido e o funcion�rio
vieram me ajudar.
Quando a poda terminou, n�o satisfeita,
decidi cortar mais uns galhinhos da arvorezinha
que estava a 2 metros da varanda de minha casa.
Peguei um fac�o e dei um golpe forte num galho,
mas desisti porque vi o meu bra�o sangrando.
Pensei, �eita, como foi que eu me cortei e nem percebi?�
Era um corte de mais ou menos meio cent�metro
de profundidade e 1 cm de comprimento se estendendo
com um risco por quase 5 cent�metros.
Pensei que tivesse feito aquilo com o fac�o,
e, envergonhada, nem mostrei para os demais o ferimento
e fui lavar o bra�o em �gua corrente com bastante sab�o,
esfregando bem o local com uma bucha,
em seguida improvisei um curativo
com algod�o e fita crepe.
Continuei a ajudar os funcion�rios a recolher
os galhos cortados, por um bom tempo,
mas cansada e atrasada para arrumar as malas,
desisti da empreitada e foi bem nessa hora que um deles
viu a cobra. Estava no ch�o entre os galhos
que eu havia cortado com o fac�o.
*
Era uma surucucu, ou pico de jaca,
a cobra mais venenosa do Brasil
depois da coral verdadeira e tamb�m a mais agressiva.
A cobra adulta, que chega a medir mais de 3 metros
de comprimento, l� naquelas bandas,
ataca at� carros que passam perto dela.
Seu habitat natural s�o as �rvores das florestas,
onde ca�am passarinhos,
e o seu veneno pode matar uma pessoa em meia hora
se a picada for da cintura para cima,
ou em at� duas horas se for nas pernas.
Bom, n�o sei o que aquele filhote de cobra
estava fazendo na minha �rvore t�o pr�xima da casa.
Por sorte era um filhote e, embora t�o perigosa
quanto a cobra adulta na quest�o do veneno,
sua boca pequena tem maior dificuldade
em cravar as presas para pressionar a bolsa do veneno,
a menos que consiga pegar um dedo
ou partes da v�tima que permita ser abocanhada por ela.
(J� imaginaram o meu pesco�o, por exemplo?
A jugular? Se ela tivesse conseguido ai ai...)
No meu caso, ela at� tentou, alcan�ar meu bra�o,
mas o galho em que estava, ao ser cortado, foi ao ch�o
antes que ela tivesse tempo de me abocanhar de jeito.
*
Ainda bem que n�o caiu a ficha na hora.
Na verdade s� percebi que tinha sido picada
ao chegar em casa, no Paran�, tres dias depois.
Incr�vel uma coisa que tamb�m me causa espanto,
a facilidade de cicatriza��o que foi muito r�pida,
praticamente fechou o ferimento j� no primeiro dia,
o que um corte provocado por fac�o levaria muitos dias
para cicatrizar. Mas, � l�gico, se o ferimento
foi no pulso direito
e eu n�o sou canhota,
n�o tinha como ter me ferido com o fac�o.
Incr�vel como nunca pensamos no pior nessas horas,
e a �ltima coisa que pensaria era numa cobra escondida
ali entre aquelas folhas de tao inocente arvorezinha...
*
Moral da hist�ria: conclu� minha viagem feliz
sem saber que poderia ter morrido.
Hoje, mais feliz ainda por estar viva
e com muita sa�de estou vivendo cada dia
com muito mais alegria.
Que Deus seja louvado!
Am�m!
L�dia
30.11.2011
***
Que eu tenha a ci�ncia de escolher o terreno f�rtil,
a sabedoria em semear a semente boa,
o compromisso de afugentar os p�ssaros,
a persist�ncia em cultivar a fr�gil plantinha,
e a paci�ncia para esperar os frutos maduros.
(L�dia Sirena Vandresen -13.10.2011)
***
Os direitos autorais s�o protegidos
Pela lei n� 9.610/98,
Viol�-los � crime estabelecido pelo Artigo 184
do C�digo Penal Brasileiro