Migalhas, afinal...
Maria, menina ing�nua que tanto amou,
garota sem gra�a que de gra�a se encheu,
o cora��o, a alma, tudo entregou,
sem medo, sem pejo, a quem a escolheu.
Maria que desejou dar bem mais que um quinh�o
e, culpada por t�o pouco oferecer, a pobre sofria.
Seu pensamento, desejo, sua alma e cora��o,
mas, n�o seu tempo, nem a rotina do dia a dia.
Ah Maria! Pedes perd�o pelo engano agora,
oferecestes migalhas, sobras da farta mesa, afinal,
exuberante, imaginando ser o prato principal.
Aquele a quem amastes, do nada, foi embora...
E Maria, perdida, ferida, cansada, de olhos no ch�o
a procura das migalhas do seu cora��o.
Lidia Sirena Vandresen
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Se nada te dei, por que este vazio agora?
Queres saber o que te ofertei?
Sinta o que te faz falta depois que fui embora.
(L�dia Sirena Vandresen)
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Que eu tenha a ci�ncia de escolher o terreno f�rtil,
a sabedoria em semear a semente boa,
o compromisso de afugentar os p�ssaros,
a persist�ncia em cultivar a fr�gil plantinha,
e a paci�ncia para esperar os frutos maduros.
(L�dia Sirena Vandresen)
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