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O o�sis.
Perambulando sob o escaldante sol daquele deserto
Pele queimada em brasa, cora��o gelado de esperan�a,
Olhos fixos no nada, areia, c�u, sol, solid�o, por certo,
S� lhe restava � alma implorar, calma, calma crian�a!
Al�m do horizonte coberto pela poeira, tr�mulo no calor,
Deve haver um o�sis, uma fonte de �gua fresca e pura,
Onde os olhos quase cegos haver�o de aliviar a dor,
E a boca ressequida receber� a vida que a sede cura.
As pernas cansadas, pesadas, recusando-se � partida,
Preferindo deixar-se ca�das, adormecidas na lassid�o.
Mas um brilho de euforia desperta a alma amortecida,
Num grito de alegria mudando o ritmo do cora��o.
Logo ali h� um lago de l�mpidas �guas de flores cercado.
Incr�dula, arrasta-se at� ele e num impulso de paix�o,
Atira-se feliz, sedenta, corpo fervendo, peito cansado.
Mas, outra vez, descobre, mergulhou no lago da sua ilus�o.
L�dia Sirena Vandresen (28.01.)8)
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