*
*
*
Asas negras
Anjo de asas negras, pesadas, cansadas,
Na roupagem sem brilho, m�gica ou esplendor
Anjo sem gra�a, leveza, m�sica, poesia,
Anjo, embora apagado, quase morto, sem cor.
Voas sem destino, em desatino, por voar apenas...
Tens amor, carinho, aten��o, reparo e cuidado,
Sorrisos, amigos, amores, flores e poemas
Por que est�s cabisbaixo, derrotado?
Anjo que n�o vibra, n�o protege nem conduz,
N�o ilumina, n�o ampara, � o que queres ser?
Anjo assim � nada, sal sem gosto, sol sem luz
Dispa-se das pesadas asas e venha viver!
A �guia que se recolhe no entardecer da vida,
Arranca o bico, unhas e penas sangrando ferida,
Despe-se tamb�m tu do velho para renascer,
Sofra o que � preciso e, como ela, retorna fortalecida.
L�dia Sirena Vandresen (07. 04. 08)
*
*
*