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CAROS AMIGOS, � COM TRISTEZA QUE RELATO ESSA HIST�RIA VER�DICA ACONTECIDA H� POUCOS ANOS E QUE, ONTEM � MEIA NOITE, TEVE UM TRISTE DESFECHO (INFARTO FULMINANTE).
A menina e a m�e.
Estou indo a um vel�rio!
Que triste!
A morte n�o devia separar
Duas pessoas que se amam tanto!
Era missa em homenagem ao dia das m�es.
Igreja cheia, m�sicas lindas,
Durante a celebra��o todas as m�es
Foram lembradas e tamb�m a m�e de Jesus.
A ela oferecemos um lindo buqu� de flores
Que foi depositado no altar.
Na hora da a��o de gra�as, v�rias homenagens.
Algu�m declamou poesia,
O coral cantava a m�sica especial para as m�es
Enquanto as crian�as da catequese
Com bot�es de rosas vermelhas nas m�os,
Corriam pra l� e pra c� na igreja
Em busca das m�ezinhas
Para entregar-lhes a flor com um abra�o gostoso.
Quando a m�sica terminou e o povo silenciou,
Notamos a menina (que apesar de ter mais de 40 anos,
Ser� uma eterna crian�a, pois tem s�ndrome de Down),
Que havia se levantado do banco e se dirigia ao padre.
O que ela queria?
Lentamente ela subiu os degraus do presbit�rio,
E disse algo ao padre que n�s n�o pudemos ouvir.
Ent�o ele foi at� Nossa Senhora
E tomou nos bra�os o enorme buqu� de flores
E entregou � menina.
A garota desceu a escada com certa dificuldade
(pois pesava quase cem quilos), ajudada pelo sacerdote
E foi ao encontro de sua m�e,
Sob estrondosa salva de palmas.
Era a m�e mais feliz e orgulhosa do mundo, naquele momento.
Emocionada, tinha a face iluminada pelo mais lindo sorriso.
Todos choramos.
A filha que n�o se conformou de n�o ter uma flor pra sua m�e,
A menina que buscou a mais linda flor nas m�os de Maria,
Para oferecer � m�ezinha,
Fez a homenagem mais linda que eu vi
Em toda a minha vida e que jamais esquecerei.
Aquela m�e sabia que tinha o melhor presente
Que Deus poderia lhe dar: sua filha.
A companheira de todos os dias e noites.
Moravam as duas sozinhas e estavam sempre sorrindo,
Brincavam, faziam croch�, passeavam sempre juntas.
Aquela filha tamb�m sabia:
Sua m�e era a melhor m�e do mundo!
E ela precisava dizer isso.
E disse.
Disse muitas e muitas vezes enquanto pode.
Hoje vou ao sepultamento dessa m�ezinha.
L�dia Sirena Vandresen (29.05.08)
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Nota:
Acabei de chegar do sepultamento.
Ainda estou emocionada com aquela menina,
Fingindo ser forte, com a tristeza estampada na alma,
Mas pressionado os l�bios, e olhando pra baixo
Entre um suspiro e outro.
Minha m�e foi para c�u, dizia,
Enquanto abra�ava, chorava e beijava as pessoas.
Na igreja, o tempo todo de p� ao lado da m�e morta,
A mesma igreja que tantas vezes estiveram juntas.
No mesmo lugar onde outrora lhe oferecera flores,
Agora a pequena oferecia l�grimas e carinho.
Suas m�ozinhas suaves tocando as m�os da m�e...
Suas faces, a dela e da m�e, estavam serenas
Como deve ser a face dos anjos.
E quando declamei esta mensagem abra�ada a ela,
Sua express�o se iluminou
E ela nos presenteou com um lindo sorriso
Regado a l�grimas.
Sua m�ezinha, com certeza tamb�m sorriu
Enquanto chor�vamos de emo��o e tristeza.
L�dia.
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