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Quanta dor pode um cora��o suportar?
Numa pequena cidade de cinco mil habitantes
A dor de um � a dor de todos.
Na tarde de s�bado, sepultamos Janete,
Amiga, esposa, jovem m�e.
Ao seu lado tr�s crian�as desconsoladas.
Oito meses de luta desigual contra o c�ncer
Que n�o pediu licen�a pra aparecer
E, sem piedade, levou-a ainda t�o jovem.
No domingo, outra vez fomos chorar
E orar pela amiga, M�rcia.
M�e, esposa, jovem mulher,
Mais uma v�tima da mesma doen�a,
Apenas trinta e quatro anos de vida
Filho de colo, esposo e pais desconsolados.
Na segunda-feira, nos foi tirado o amigo Rodrigo,
Esposo dedicado, pai e av� extremado,
Pobre de n�s, com o cora��o em frangalhos
Ainda acompanhando o cortejo
Que deixava a nave da Igreja
Sob o triste badalar dos sinos
Pedindo uma tr�gua para a dor...
Mal pod�amos esperar pelo golpe fatal.
Foi quando a morte em sua crueldade sem limites
Derrubou, ali mesmo, na porta da igreja,
O jovem Valter, nosso querido Valtinho,
Amigo t�o amado de todos os que o conheciam
Filho carinhoso, neto adorado...
Dezessete anos esse anjo tinha,
T�o poucos anos e t�o bem vividos.
Menino de ouro, flor de candura,
�B�n��o pai, b�n��o m�e.�
N�o ia dormir sem ser aben�oado.
�M�e, n�o importa quem seja, eu respeito
As pessoas, m�e, do jeito que s�o�.
Valtinho, as palavras sobram,
Tua vida, tuas amizades, teu sorriso
Falam de voc� mais que qualquer palavra.
E Valtinho tamb�m se foi
E sem se despedir.
E ningu�m entendeu at� agora
O porqu� de tanta dor
Uma cidade em prantos.
Uma fam�lia,
Um s� cora��o
Que n�o sabe at� quando poder� ag�entar.
L�dia Sirena Vandresen
(01.09.08)
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Amigos queridos me visitando...
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