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A face de Deus


Cada um �v� a Deus de acordo com a vis�o que tem de si mesmo, da mesma forma como julga o pr�ximo atrav�s desse prisma.
Se Deus � pai, a imagem que temos de um pai far� toda diferen�a.
Ele � divino, mas � o amor que temos pelo ser humano que nos faz imaginar a dimens�o do amor divino (embora equivocadamente).
Muitos conseguem perceber a obra de Deus � sua volta, por�m, nem sempre do Deus segundo o que Jesus nos apresenta ao falar de seu Pai na par�bola do filho pr�digo, mas, do Deus de Mois�s do Antigo Testamento.
Um Senhor mais que justo, um justiceiro.
Por�m, se erguemos a bandeira de Crist�o, � no Deus da Boa Nova de Jesus que devemos depositar o nosso cora��o. Jesus veio com essa nova face de Deus e toda uma din�mica de um amor compaix�o e miseric�rdia (misere: de joelhos, c�rdia: cora��o � o cora��o de joelhos, aos p�s, na simplicidade na capacidade de servir).
Mas, como podemos observar, a pr�pria B�blia apresenta as duas faces do mesmo Deus, segundo a pessoa a quem ele se revelou.
Portanto, � a capacidade que temos de amar, perdoar e se doar incondicionalmente, que determina a face do Deus que veremos em nossa vida e na vida das pessoas.
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Certa ocasi�o, um amigo recebeu uma determinada soma em dinheiro como recompensa devido a um excelente neg�cio realizado por ele na firma onde trabalha.
Dias depois, uma nova gratifica��o lhe foi dada por ter tomado conta dos neg�cios enquanto seus patr�es viajavam. Este amigo tinha o p�ssimo h�bito de correr exageradamente no tr�nsito da cidade e nas rodovias. J� o haviam prevenido do perigo, mas ele fazia isso de forma distra�da e inconseq�ente, justificando-se por estar sempre t�o apressado com os in�meros compromissos.
Um dia, numa manh� chuvosa depois de ter passado a noite muito mal de sa�de, no caminho para o trabalho, estando como sempre em alta velocidade, deparou-se com um c�o que cruzava o seu caminho e para n�o atropel�-lo, derrapou na pista e rodopiando perigosamente acabou colidindo num poste. Teve sorte de n�o ter se ferido, mas os estragos com o carro que comprara com tanto sacrif�cio foram consider�veis. Valor gasto com o conserto do carro: exatamente o valor que ganhara de seus patr�es.
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Vejamos a interpreta��o da face de Deus nessa hist�ria:
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Um colega de trabalho do meu amigo lhe disse: �O dinheiro que voc� ganhou era maldito. Por isso Deus te deu uma li��o e fez-te perd�-lo para que saibas que n�o deves se apropriar de dinheiro assim (o que n�o � verdade, pois o mesmo fora um presente espont�neo de um patr�o satisfeito para com seu funcion�rio honesto e eficiente e al�m do mais a quantia seria usada para fins nobres, mas enfim...) e Deus te mandou esse recado atrav�s de mim...� (Imagina ele ser o anjo mensageiro, o Gabriel da atualidade? O que Deus diria a Ele que n�o pudesse dizer ao pr�rio filho envolvido no acidente?...). � um absurdo algu�m se apropriar da palavra de Deus dessa forma! Pobre coitado, � assim que ele percebe a a��o de Deus nesse epis�dio.
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Eu, no entanto, interpreto tudo isso bem diferente.
Deus ama tanto esse meu amigo que precisando corrigi-lo do h�bito de andar em alta velocidade, uma vez que os conselhos dos amigos eram in�teis, permitiu que ele levasse aquele susto. E, conhecedor das dificuldades financeiras de seu filho, forneceu-lhe a quantia necess�ria para reparar os estragos materiais.
Quer amor maior que este?
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N�o creio que um amor divino que � t�o superior ao nosso se importe com mesquinharias e muito menos que usaria de amea�as quase catastr�ficas para punir um filho por algo que n�o macula seu cora��o.
O acidente ocorreu porque ele corria demais. Ponto.
Deus permitiu para que meu amigo percebesse seu erro e mudasse de conduta.
O dinheiro nessa hist�ria, se � que teve algo a ver com isso certamente, foi um presente do Pai amado para que a li��o n�o lhe sa�sse custosa demais!
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Por isso que digo: cada um sente o amor de Deus segundo a pr�pria capacidade de amar!

Deus seja louvado!

L�dia Sirena Vandresen
(21.11.08)

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Texto em ingl�s

Anjinhos me aben�oando...

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