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Tudo passa!
A tempestade balan�ou os pilares retorcidos,
As palmeiras e sap�s dobraram-se amedrontados,
O oceano esbravejou em saltos enfurecidos,
A escurid�o dominou o universo envergonhado.
A l�grima transformou-se em indigna��o
Na impot�ncia das m�os atadas ante a desgra�a.
Maldade humana, inj�ria, mentira, omiss�o...
Tempestade de larvas vulc�nicas envolta em fuma�a.
A menina deixou-se, inerte, por terra ca�da,
Entregue � sorte do acaso e � morte talvez,
Sem risos nem prece, alma sucumbida,
Desejosa do sono que a leve de vez.
Mas o dia desponta com raios brilhantes
E desperta a natureza que lhe vem oferecer
As flores e o canto dos colibris amantes,
Beijando os olhos daquela que fez renascer.
A vida � mais forte, da f�ria ficou a ferida.
Mas, nada � pra sempre, nem a alegria nem a dor.
Morre o fruto e da semente, nasce outra vida,
Porque neste mundo tudo passa. S� fica o amor!
L�dia Sirena Vandresen
28.04.09
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