A encruzilhada.
A encruzilhada estava a me chamar
Na verdade, sempre estivera ali.
Mas eu teimava em n�o ver, em n�o escutar,
Era bom estar aqui.
E um lindo jardim quis construir,
Um �den de luz e cores,
Acariciada pela brisa a me despir,
Enfeiti�ada pelo aroma das flores.
Na �gua cristalina,
Minha face envaidecida.
O espelho prateado que me ilumina
Como sereia, coroada de estrelas, na vida...
Emoldurando-me no desenho perfeito
Do brilho do luar ou do sol o reflexo que fascina,
Ofuscando os meus defeitos
Transformando-me em rainha, menina.
Nascida pra ser amada e amar,
Esquecendo de que � um sonho
E desejando n�o acordar,
S� poesia, dia ap�s dia, componho.
Mas, a encruzilhada ali na estrada,
No seu sil�ncio surdo,
Gritando, louca desvairada,
A despertar-me para o absurdo!
L�dia Sirena Vandresen
(26.08.09)