Na madrugada, quando a lua se esconde,
Eu e o silêncio dançamos um tango.
As estrelas sussurram segredos antigos,
E a noite nos envolve num abraço longo.
Nossos passos são leves, como plumas ao vento,
E o mundo lá fora parece distante e lento.
Eu me perco em teus olhos, profundos e serenos,
Enquanto a madrugada tece seus mistérios pequenos.
Somos cúmplices da escuridão e do desejo,
Somos cúmplices da escuridão e do desejo,
Nossas almas entrelaçadas num enredo sem ensejo.
A cidade dorme, mas nós estamos acordados,
Explorando os recantos secretos dos sonhos guardados.
Na madrugada, somos poesia e melodia,
Versos que se entrelaçam, dançando
em harmonia.
E quando o sol surgir, tÃmido e dourado,
Nós seremos a lembrança de um amor encantado.