Esquecida no Tempo
Na prateleira de um ontem sem nome,
Repousa a curva de um gesto morno —
Uma caneca, calada e sem dono,
Que sussurra o tempo em vapor.
Feita de barro ou de memória?
Ninguém mais sabe o seu sabor.
Carrega sombras de conversas mortas,
E o eco de um café que evaporou.
Os dedos que a erguiam sumiram no pó,
Mas seu silêncio ainda pesa no ar.
Será lembrança ou armadilha?
RelÃquia ou farsa a decifrar?
Um fio de rachadura como cicatriz,
Marca os séculos que não quis contar.
E ali, entre mofo e poeira sutil,
Ela aguarda alguém passar.
Repousa a curva de um gesto morno —
Uma caneca, calada e sem dono,
Que sussurra o tempo em vapor.
Feita de barro ou de memória?
Ninguém mais sabe o seu sabor.
Carrega sombras de conversas mortas,
E o eco de um café que evaporou.
Os dedos que a erguiam sumiram no pó,
Mas seu silêncio ainda pesa no ar.
Será lembrança ou armadilha?
RelÃquia ou farsa a decifrar?
Um fio de rachadura como cicatriz,
Marca os séculos que não quis contar.
E ali, entre mofo e poeira sutil,
Ela aguarda alguém passar.