Capitulo 2
Sentando-se ao lado dela,no banco de tr�s do carro,silencioso e misterioso,ela sentia
uma sensa��o estranha de j� ter conhecido ou sonhado com ele,sentia a energia dele como sendo o
complemento da sua,podia sentir sua respira��o,com os solavancos do carro na estrada cheia de
buracos,em uma curva,sem querer,com a inclina��o do carro,encostou-se nele,naquele momento,
olhando para ele,sentiu aqueles olhos azuis fixos nos seus,parecendo invadir sua alma,mexendo
com seus sentidos,um calafrio percorreu todo seu corpo,sensa��es indefinidas invadiam sua mente,
ent�o,recolheu-se ao lado oposto a ele.
Ao chegarem a vila onde morava Milene,desceram e agradeceram a carona,e Janna perguntou � amiga
quem eram eles,e ela respondeu que eram filhos de um rico madeireiro da regi�o,ent�o Janna
perguntou como se chamava o rapaz que viajara a seu lado e a miga respondeu que se chamava Mateus,
falou que n�o tinha muita conviv�ncia com eles,mas os conhecia desde a inf�ncia.
Desde aquele dia, Janna,sentia-se diferente,passando suas horas a vagar pelos seus sentimentos,revivendo
na mem�ria o instante que seu olhos se cruzaram com os daquele estranho,sentia ainda o calor de seu corpo,
em seus sonhos de menina,deu asas � sua imagina��o,imaginando mil maneiras de poder estar ao lado dele,
por mais uma vez e chorava ao saber da dist�ncia que os separava,sua idade,sua vida era simples e muito
distante da dele.
Voltou v�rias vezes � casa de sua amiga,mas n�o o tinha visto,nem falado com sua amiga de seus sentimentos,
at� um dia que acordou com uma estranha sensa��o,estava na casa dela ainda,levantou-se bem
cedo e olhando pela janela viu ao longe,uns caminh�es carregados com mudan�as,perguntou amiga quem eram e
ela disse que era da fam�lia dos rapazes que haviam pegado carona a um ano atr�s,que estavam indo embora
para um lugar bem distante dali,assim como outras fam�lias j� n�o havia mais trabalho ali e partiram
todas em busca de trabalho em grandes cidades.
Janna sentiu um n� apertar sua garganta e uma l�grima rolar em seu rosto ao observar seu sonho se
afastando e sumindo ao longo da estrada,sentindo o impacto do cruel destino,sentindo seu cora��o
se partindo em peda�os,pela primeira vez sentiu um vazio enorme tomar conta de seus sentidos e
chorou sem querer,e sua amiga percebendo o que estava acontecendo com ela,tentou conforta-la
dizendo que a vida da muitas voltas e quando o destino � tra�ado temos que saber aceitar para
n�o sofrer com ilus�es que mais tarde pode ser transformados em quadro negro em nossa mem�ria
repetindo a mesma hist�ria.--->>>
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(continua na postagem anterior)