Ditosa que ao teu lado s� por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem v�, �s vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, � suave bem querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
N�o ou�o mais. Eu caio num langor supremo;
E p�lida e perdida e febril e sem ar,
Quem goza o prazer de te escutar,
quem v�, �s vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, � suave bem querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
N�o ou�o mais. Eu caio num langor supremo;
E p�lida e perdida e febril e sem ar,
um fr�mito me abala... eu quase morro... eu tremo!
Safo, 590 a.C.
(Tradu��o de D�cio Pignatari)
Safo, 590 a.C.
(Tradu��o de D�cio Pignatari)