Eu vivia na minha est�pida decep��o.
A poesia era um leigo mon�logo que amarelecia na estante.
As nuvens passavam e levavam consigo o brilho dos meus olhos.
Toda can��o de amor fazia de mim um estra�alhar de sonhos...
Meu inquebrant�vel subterf�gio era a tristeza.
At� que um dia viestes ver-me.
Ao longe percebi teu reflexo no vidro � �Altivo!�.
E ent�o, com um s� toque, mudaste todo o crep�sculo!
Com estas tuas m�os macias,
Com teu olhar de quem se perde no canto dos p�ssaros,
Com este teu perfume de madrugada
E teus cabelos que dan�avam ao vento...
Fizeste acordar meu cora��o latente!
E agora sou toda as p�talas das flores,
Respiro o in�cuo aroma da vida que rejuvenesce...
Sou eu novamente...
Eu, com esta vis�o al�m e aqu�m do horizonte,
Que aspira quase �s mesmas quimeras irreais
� s� que agora teu nome est� em todas elas!
Agora sou eu... e sou voc�.