MEU ANJO
Meu anjo tem o encanto, a maravilha
Da espont�nea can��o dos passarinhos;
Tem os seios t�o alvos, t�o macios
Como o p�lo sedoso dos arminhos.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus l�bios o gemido escuto
� leve a criatura vaporosa
Como a frouxa fuma�a de um charuto.
Parece at� que sobre a fronte ang�lica
Um anjo lhe dep�s coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
Como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do para�so.
D� morte num desd�m, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorriso!
Mas quis a minha sina que seu peito
N�o batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fuma�a de um charuto!
(Autoria: �lvares de Azevedo )
Meu anjo tem o encanto, a maravilha
Da espont�nea can��o dos passarinhos;
Tem os seios t�o alvos, t�o macios
Como o p�lo sedoso dos arminhos.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus l�bios o gemido escuto
� leve a criatura vaporosa
Como a frouxa fuma�a de um charuto.
Parece at� que sobre a fronte ang�lica
Um anjo lhe dep�s coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
Como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do para�so.
D� morte num desd�m, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorriso!
Mas quis a minha sina que seu peito
N�o batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fuma�a de um charuto!
(Autoria: �lvares de Azevedo )