Crep�sculo
Teus olhos, borboletas de ouro, ardentes
Borboletas de sol, de asas magoadas,
Pousam nos meus, suaves e cansadas
Como em dois l�rios roxos e dolentes�
E os l�rios fecham� Meu amor n�o sentes?
Minha boca tem rosas desmaiadas,
E a minhas pobres m�os s�o maceradas
Como vagas saudades de doentes�
O sil�ncio abre as m�os� entorna rosas�
Andam no ar car�cias vaporosas
Como p�lidas sedas, arrastando�
E a tua boca rubra ao p� da minha
� na suavidade da tardinha.
Um cora��o ardente palpitando�