Depois do sol...
Fez-se noite com tal mist�rio,
T�o sem rumor, t�o devagar,
Que o crep�sculo � como um luar
Iluminando um cemit�rio . . .
Tudo im�vel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonol�ncia de rebanho . . .
Seres e coisas v�o-se embora . . .
E, na aur�ola triste do luar,
Anda a lua, t�o devagar,
Que parece Nossa Senhora
Pelos sil�ncios a sonhar . . .
T�o sem rumor, t�o devagar,
Que o crep�sculo � como um luar
Iluminando um cemit�rio . . .
Tudo im�vel . . . Serenidades . . .
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonol�ncia de rebanho . . .
Seres e coisas v�o-se embora . . .
E, na aur�ola triste do luar,
Anda a lua, t�o devagar,
Que parece Nossa Senhora
Autor: Cec�lia Meireles