Da noite o pranto, que t�o pouco dura,
Brilha nas folhas como um rir celeste,
E a mesma gota transparente e pura
Treme na relva que a campina veste.
De luz inunda o seu gentil serralho,
E �s flores todas - t�o feliz amante -
Cioso sorve o matutino orvalho.
Assim, se choras, inda �s mais formosa,
Brilha teu rosto com mais doce encanto:
- Serei o sol e tu ser�s a rosa...
Chora, meu anjo, - beberei teu pranto!
Autor: Casimiro de Abreu