Que fazer?
Se o rio vai de encontro ao mar,
Numa dan�a de passos firmes
E numa certeza �nica...
Sabendo que ali � seu destino.
Que fazer?
Dos meus olhos que fitam as estrelas em busca dos teus?
Se todos os di�logos se perdem no sil�ncio da minha voz
que grita...
A procurar-te, sabendo que como aquele s� existe um �nico
no mundo...
Que fazer de todas as buscas in�teis?
E das palavras n�o ditas quando at� o sil�ncio se torna eloq�ente.
Da procura das m�os onde se encontram todos os desejos.
Dos gestos mudos a se perderem na mudez dos corpos.
E da aus�ncia do toque amado?
Que fazer do teu rosto que ocupa toda uma saudade?
E se faz presente no esbo�o de uma poesia?
De que me servem as palavras se elas n�o alcan�am o destino
do teu cora��o e a certeza de todas as car�cias?
Que fazer?
Do meu corpo que se debru�a nas brumas da saudade...
Dos meus l�bios �rf�os dos teus?
Do sussurrar rouco de tuas palavras a se perderem no vazio
dessa noite?
E da aus�ncia do teu toque a preencher meus cantos...
Que fazer?
Se em ti descubro-me.
Como verso de uma poesia...
(LuBeau em 20/03/07)