A Paz Seja Contigo
!!!!Depress�o !!!!
Dos males que t�m assolado a humanidade, a depress�o � um dos mais perigosos. Ela se infiltra de maneira hip�crita na vida das pessoas e se instala, conduzindo e condenando a sua v�tima a uma vida quase vegetal.
No princ�pio, apenas uma tristeza; depois vem cansa�o e des�nimo at� que aos poucos ela vai matando todas as for�as vitais; a pessoa que sofre desse mal n�o v� nenhuma perspectiva para o futuro, acha que o presente n�o � interessante, n�o v� porta de sa�da e, pior, n�o sente vontade de v�-la.
A pessoa depressiva se sente incompreendida e se isola. Se ningu�m a entende n�o h� por que tentar se explicar. Por outro lado, o sentimento de abandono e solid�o pode tornar-se imenso e pesado. O simples fato de viver � um fardo pesado demais para se carregar.
Ela pode ser causada por v�rias coisas: perda, de uma maneira geral: a morte de algu�m que se ama; perda de um trabalho, amigo, namorado, enfim, de uma situa��o est�vel. O medo do dia de amanh�, a incerteza do futuro. O sentimento de responsabilidade diante de um nascimento, coisa comum entre as mulheres que acabam de dar � luz, explicado clinicamente pela baixa de horm�nios, tamb�m causa depress�o. H� artistas que n�o suportam o peso da fama. Uma vida mon�tona e vazia tamb�m conduz � depress�o.
Acredito que as pessoas que levam a vida com mais seriedade tenham mais chance de tornarem-se depressivas. As pessoas que pensam demais acarretam mais coisas sobre si mesmas.
A ajuda cl�nica pode ser ben�fica, mas � preciso ir muito al�m para se ver livre dessa doen�a.
Conviver com um depressivo � dif�cil, pois por mais que a gente diga para a pessoa reagir, olhar para a frente, esta s� vai sair desse buraco profundo se ela mesma sentir que quer sair. Podemos, talvez, servir de muletas, mas n�o de cadeiras de rodas para essas pessoas. N�o podemos carreg�-las nos bra�os o tempo todo, mesmo se no mais �ntimo do nosso cora��o � o que gostar�amos de fazer. Mas h� pessoas que n�o andam porque se recusam a andar; outras morrem porque decidem n�o mais viver e n�o h� nada que possamos fazer.
Podemos tentar ajudar a pessoa a pensar positivo. Mas s� pensar positivo n�o basta; � necess�rio agir em fun��o dos pensamentos. E � isso que precisamos compreender e fazer com que compreendam.
E esse mal devastador acaba n�o s� com a pessoa atingida, mas se insinua em volta de todos aqueles que o cercam. Lidar com um depressivo � duro, pois d� sentimento de insufici�ncia, de incapacidade, de culpabilidade. Se n�o h� um resultado, acabamos nos perguntando se n�o poder�amos ter feito uma coisinha a mais para ajudar, para levantar a pessoa e acabamos por nos sentir respons�veis, o que � muito perigoso para o nosso pr�prio equil�brio.
Mas, querem saber de uma coisa? O importante � que fa�amos a nossa parte. Que estejamos do lado, que estendamos a m�o, que oremos, juntos ou sozinhos. O importante � que amamos e sabemos que amamos a pessoa. Mas, ajudando, que saibamos estar o suficiente distantes para n�o nos deixar contagiar. Talvez um cego entenda melhor o outro, mas ele ser� melhor guiado por algu�m que enxerga normalmente.
Nesse caso, melhor � estar forte para tentar segurar a barra; estar firme caso o outro precise de estaca; estar alegre caso um sorriso seja necess�rio; ter um canto nos l�bios para afastar a tristeza e um cora��o cheio de amor capaz de compreender, aceitar e ajudar e ainda assim continuar inteiro.