Sou ruÃna
Incompleta
DestruÃda
Primeiro caiu o teto
Fiquei em pedaços
Descoberto
Depois caÃram as paredes
Sem ruÃdo
Foram-se as redes
Ficou apenas o piso.
Neste chão que restou
Ninguém há de pisar
Sou ruÃna abandonada
Não há mais nada a desmoronar.
Dos escombros
Me refaço.
Sob meus ombros
Há vigas de aço
Nada pode derrubar o que ficou de mim
Este não é o fim
É só mais um recomeço
A vida tem dessas reformas arbitrárias.
Me reconstruo tijolo a tijolo
Quantas vezes forem necessárias.
Taiana Coelho