CARTAS DE AMOR
Num movel poeirento ele guardava
As cartas do passado mais que antigo
Tinha um odor talvez de papel velho
O ran�o de um amor fugaz e amigo...

Engavetadas cartas no desv�o
De uma gaveta toda cupinzada
Rangendo quando aberta em sopet�o
M�o tremulando j� encarquilhada...

Aperta os olhos o poeta louco
Para a leitura saudosista e triste
Precisa ler ao menos ler um pouco
Saber se a letra ao tempo inda resiste...

Come�a assim: Inesquec�vel bem
Te amo tanto mais que a minha vida
T�o tenebrosa � a sorte sem guarida
T�o triste a noite quando o amor n�o vem...

Vivo morrente de paix�o insana
Tudo sucumbe em minha vida triste
Na alma acesa a dor de quem te ama
E no meu beijo s� teu gosto existe...

Vendo o poeta que j� n�o consegue
Ler as missivas porque o choro desce
Sem ter um mar por onde a dor navegue
Vai ler as cartas em forma de prece!!!

Dorothy de Castro