Minhas janelas continuam olhando a rua indefesa.
Existem tantos caminhos, e tantos jardins descorados
Sem um sol de manh� e uma chuva � tardinha que traga
Renovos aos velhos caules esquecidos entre os galhos secos.
Nunca me disseram sobre a dor que � s� minha
Eu nunca soube explicar o amor que sinto!
E descuidada de minha pr�pria estrela tantas e tantas vezes eu minto!
Bastar-me-ia um estribilho da can��o dos anos passados, do tempo em que
Sorrir era um reflexo ante o espelho dos sonhos ignorados.
E apenas um velho c�o me traz a recorda��o do moribundo que solu�ava versos,
Distra�do na insanidade de tua dolorosa entrega de si mesmo e dos amores dispersos
E do velho anjo torto...
Pobre cad�ver, meu pobre sonho morto!
(Claudia Morett)
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