� meu avesso:
E o gosto amargo do mesmo mel
O velho sonho outra vez vertido em l�grimas
E seiva de �rvore nova
Refa�o o mesmo pacto silencioso
Aquele riso que me era entre outros
Os pulsos entre m�os de ferro.
A m�goa do her�i intrincado nas retinas
As v�sceras dormentes entre os ecos de uma prece
O verbo morto na garganta arranha
E no peito surdo cora��o se aquece.
E aquela sombra ainda me acompanha.
O passado querendo engolir o futuro
� preciso coragem pra rasgar a carne como eu fa�o!
� preciso me quebrar as pernas
Pra tentar parar meu passo.
E ainda assim eu ainda me arrasto.
� preciso muito som pra silenciar meu grito
E tenho tanto amor pra amparar o aflito.
� preciso vontade pra driblar o exercito de soldados mortos
E um navio de areia em cada porto.
Eu rasgo todos os v�us da mem�ria
E como odalisca bailando entre serpentes
Invento a nova velha forma de voar
E plaino sobre o mesmo mar
Abra�o o homem crucificado
E me lan�o diante do magn�fico,
Fant�stico mundo que me quer aprisionar
Mas eu fujo!E rujo!
Estreme�o, mas n�o me lembro de sofrer.
Impe�o-me de aquiescer ou sequer esquecer
A mem�ria da minha medula
A semente da minha euforia
A epiderme da minha loucura
A s�ntese da minha alegria.
Claudia Morett
→.●๋♫ ک�l ♫●.←
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