Eu nunca tinha reparado como � curioso um la�o.
Uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas n�o embola.
Vira, revira, circula e pronto,
est� dado o la�o.
� assim que � o abra�o (...)
Ah, ent�o � assim o amor, a amizade,
tudo que � sentimento.
Como um peda�o de fita.
Enrosca, segura um pouquinho,
mas n�o pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do la�o.
Por isso � que se diz:
la�o afetivo, la�o de amizade.
E quando algu�m briga ent�o se diz:
romperam-se os la�os.
Ent�o o amor, a amizade s�o isso.
N�o prendem, n�o escravizam,
n�o apertam, n�o sufocam.
Porque quando vira n�,
j� deixou de ser um la�o."
(M�rio Quintana)
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