N�o subestimo este sentir que amofina
Que sutilmente deturpa o que se cala
Conhe�o o ciclo que a vida determina
E esta agonizante aus�ncia de fala
Em meus devaneios, envolvida e imersa
Por amor a mim, por cuidado, ou zelo
E por saber-me delicada e complexa
Talvez devesse me isentar a faz�-lo
Mas a promessa impl�cita no olhar febril
Deixava claro que o acaso n�o impediria
Palavras mornas, gesto coesivo, gentil
A entrega fincou r�deas, nos versos da poesia
Da saudade, das horas infindas, da agonia, sei
Mas tenho consci�ncia, das marcas que deixei...
Gl�ria Salles
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