Roubaram-me o sonho.
Tiraram-me a vida.
Levaram-me o destino.
Com isso, hoje,
N�o tenho letras bonitas,
Palavras belas,
Nem textos de alegria.
Hoje,
As letras choram,
As palavras est�o desiludidas
E os meus textos,
Queixam-se,
Com esta dor profunda.
Vejam....
Mesmo que escreva paix�o,
As letras que a comp�em,
Choram e dizem-me que n�o.
Se tento disfar�ar a magoa
E escrever amor,
A palavra,
Exprime-se com dor.
Se tento dormir
Para tentar sonhar,
A ins�nia n�o deixa
E obriga-me a parar.
Hoje,
N�o tenho letras bonitas,
Tao pouco,
Palavras belas
E nem os meus textos
S�o de alegria.
Por isso,
Escrevo para mim.
As palavras,
De tanto chorar,
Est�o envergonhadas
E pedem,
Para as calar.
Mergulho, ent�o,
No silencio,
Junto-me a ins�nia,
Na escurid�o
E escrevo para mim
Sob o brilho do luar.
RP/Rogerio P. Carreira
Lisboa
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