O c�u entristeceu-se e escureceu�
As estrelas apagaram-se assustadas�
Dos seus olhos deslizaram grossas l�grimas
de um azul cristalino � pesadas e frias�
Inundaram-me a alma�
Confundo-me com o sil�ncio e a noite.
Relembro o adeus que n�o viveu
e o esplendor com que se despediu.
O cora��o ensinou-me a delimitar espa�os
mas a ortografia do meu sentir
desenha a agonia de um sil�ncio que perdeu o f�lego.
Os sonhos v�o envelhecendo comigo,
alguns j� se desfizeram�
outros�mastigo-os com lentid�o
num trilho de pensamentos desordenados
em momentos l�nguidos
num sil�ncio que me queima a alma.
Nesta ang�stia plena de rouquid�o
a (in)certeza cai
e deixa as palavras adormecidas�
A minha vida sem ti � um rascunho
amarrotado � angustiado � desfragmentado�
Nestes momentos�
s� a escrita me preenche este vazio que a saudade criou�
Nas palavras encontro um modo de entrar
no teu sorriso � no teu olhar�
e desenrolar as mem�rias agrad�veis
que sobreviveram neste tempo de tristeza
e que jamais cessam de cintilar na minha mente.
A alma mostra-me estas imagens,
elas enovelam-se no meu Eu
e adormeces aconchegado a mim�
Neste deserto de recorda��es,
em palavras soltas,
bordo de esperan�as os trilhos que percorro.
Pe�o ao vento que sopre forte
para me levar o cansa�o das noites mal dormidas
escuras � sombrias � sofridas �
E na mais pura fantasia
ou�o violinos tocarem suaves melodias
onde deslizam palavras aureoladas de pingentes de luz�
Ausento-me deste livro da vida
te�o poemas em sonhos bordados a filigrana de ouro
e voo, nas asas de um cora��o
partido � mas n�o vencido!
ML/Mariana Loureiro
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