�Era paix�o. Foi embora com a mesma velocidade que veio. N�o h� o apego, nem a preocupa��o, nem a saudade. Nem sempre foi assim, mas agora �. No fundo, ficou a sensa��o de dever cumprido,de ter feito o certo.
Era paix�o. Daquelas de tirar o f�lego, de transformar aquela quinta-feira cinzenta num dia bonito de se ver. Ou talvez um desejo carnal intenso, que causou arrepios �nicos e dif�ceis de controlar. Respeitar os limites deixou a rela��o mais fiel, menos quente, menos ambiciosa, menos amor.
Era paix�o. N�o houveram for�as suficientes para combater os valores, princ�pios e ideais pr�-determinados e pr�-fabricados. Os planos feitos nos momentos de �rdua paix�o foram engavetados, jogados ao ventos. O amor exige o novo, a liberta��o, e como sempre fora dito, n�o estar�s sozinha. Mas, paci�ncia. Talvez essas loucuras s� aconte�am em novelas da Globo.
Era paix�o. N�o h� muito drama, nem sofrimento. Tem-se o carinho, o respeito e a admira��o, mas a vontade de querer o improv�vel a dois, de querer ver o por do sol, o nascer do sol, o c�u estrelado e a luz brilhando no c�u limpo, de querer uma hist�ria hollywoodiana acaba atrapalhando uma outra forma de ver as coisas.
Era paix�o. Abrir m�o de algo incontrol�vel, inexplic�vel e novo n�o � amor. Aventura, talvez. Prazer, carinho, aten��o, conversa, apoio, risadas. Ah, quanta coisa em pouco tempo, quanta intensidade em poucos instantes. Confuso, intrigante. S� o tempo ir� dizer, s� o sil�ncio ir� responder, s� assim pra entender.
O tempo age, a ferida cura, a paix�o vai embora. Como um estalar de dedos, um piscar de olhos. O tempo voa, a ferida fecha, o amor chega. Como um entrela�ar de dedos, um trocar de olhares.�
Ju dite