Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formid�vel
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orqu�dea de fogo e l�grimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
Em do�ura e celestes amavios.
N�o queimava, n�o siderava; sorria.
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso.
Feri-me pelas pr�prias m�os, n�o pelo amor
Que trazias para mim e que teus dedos confirmavam
Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do outro,
O outro que eu me supunha, o outro que te imaginava,
Quando - por esperteza do amor - senti que �ramos um s�.
.....................Carlos Drummond de Andrade