Cai a noite.
Anjos na porta batem, tocando minha alma flamejante. Sonho.
Sinto minha alma voltar para o meu corpo, quente como o calor do Sol, a aquecer o frio de minha alma.
Um suspiro me vem � cabe�a.
Penso ser a �ltima gota do meu sangue, a devorar meu corpo coberto por cascas da imoralidade.
Queimo no fogo do inferno, a culpa da minha fraca exist�ncia.
Um ser recalcado pela ignor�ncia de outrora, que bate de frente com a vida imposta.
Ah! Vida, despeja em mim sua emo��o. A dor de estar vivo.
Vivendo de emo��es, a resposta que justifica a minha exist�ncia, �nfima diante da grande roda gigante, carrossel de ilus�es, perfume da vida.
Anjos da noite v�m me despertar para o l�dico, o imagin�rio. Trazendo consigo esperan�as. Sonhos ingratos me fazem sofrer.
Tr�s para mim a lembran�a do mundo perfeito. A dan�a que movimenta meu corpo, minha alma vai de encontro � sua, em perfeita sintonia r�tmica.
Doces ilus�es, sonhos de uma noite de ver�o. Acordo para as cores gritantes da vida cotidiana, forasteira.
Anjos da noite.