Vida! Vida, que a ti tanto repugno Morte! Oh morte que a vos tanto ansiava Enfermi�as palavras eu regurgito Em versos dolentes da era medonha passada? Pobres ricos com fatuidade que tanto estraga. A tristeza que impera, Dum momento? Ah eu minto... A alegria dissipada, h� esperan�a? Ah eu acredito... Opacos sentimentos � amostra, � amor que exala!
Na vespertina eu escrevo a ingratid�o No cair da noite choro por um Mundo sepulcro Qu�o grande � meu amor senhora. � podrid�o! P�rpura de sangue do indulgente. � imundo! Amo-te cada vez mais, minha amada musa N�o importa a elegia, nem mesmo o pasmar Escrevo com a alma, com a realidade dura Escrevo com o cora��o, por te amar.
O pavoroso sempre volta, n�o importa o dia A realidade � sempre a mesma, vida esmaecida Sua face nunca esque�o, � tra�os perfeitos Seu sorriso �ureo, � lindo, sempre "momentos" Porque te odeio tanto? Meu Mundo horrendo Porque te amo ainda mais? Minha divindade clara Veja, mais um que sucumbiu na exist�ncia, Num morrendo? Deturpa uma noite que o �bvio j� dizia, brada!
� leitor ignaro, n�o leia o desgosto Viva de amor, n�o do sobreposto Um poema composto por palavras desgra�adas Escrito por um poeta triste, que almeja o nada Acreditas em mim, por favor... Quando digo a verdade Eu te amo! Mesmo com essa podre gentil realidade Versos medonhos que machuca a olhos nus Dum poeta que sangra a cada dia, e exala o pr�prio pus
A poeta escreve a esperan�a A poeta comp�e sentimento A poeta grita o �dio A poeta maldita...Te ama!