Eu venho aqui cantar para as almas,
Arranhar a lira soturna dos lamentos.
� nesta hora nefasta que a dor em mim preside,
Assim como vermes sobre a carne podre.
Esses espectros que semeiam minhas ang�stias,
Abafadas pelo silente desespero de quem busca a morte,
S�o a vil personifica��o de meus dem�nios.
Que me devoram a cada instante com iniq�idade.
Fatidicamente vilipendiado, nasci do gene dos seres sofredores.
V�tima do atavismo medonho de minha estirpe,
Sucumbi-me ao jugo da solid�o perene.
Escutem, infaustas almas, meu canto de agonia:
Quis eu, a ventura de Endimi�o,
Passar a vida sob sono perp�tuo...
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