N�o era uma ocasi�o normal...
Desconhecidos estavam comigo...
N�o podia desabafar...
De forma intensa e repentina a dor surgiu...
N�o era uma dor f�sica...
Mas uma for�a negativa que me afetava a alma...
N�o consegui lutar...
Estava me permitindo vencer...
As l�grimas precisavam correr...
N�o conseguiria evitar que inundassem minha face...
Tantos ao meu lado sorriam...
N�o queria sorrir, queria chorar...
Me preocupei com o constrangimento...
N�o pensariam coisas boas ao ver um homem chorar...
Afinal participava de um evento social...
N�o consegui entender, mas o C�u se comoveu...
Como para me salvar da situa��o vechaminosa...
N�o foi poss�vel �s nuvens conterem as suas �l�grimas�...
O C�u chorou...
N�o desperdicei a oportunidade...
Em passos lentos deixei o abrigo...
N�o era compreens�vel aquela situa��o...
Eu estava bem vestido e me permiti molhar...
Foi inesquec�vel o gosto doce das gotas de chuva...
A �gua doce se misturou as minhas l�grimas...
Salgadas, amargas, que flu�am com intensidade...
Me afastei para n�o verem o rubor do meu rosto...
E com grande intensidade chorei...
Dentre aqueles que assistiam a cena melanc�lica...
Apenas uma pessoa entendeu a situa��o...
Viu que eu desejava mesclar minhas l�grimas com a chuva...
Mas permaneceu quieto, se fingindo est�pido...
Naquela fria tarde a dor me venceu...
Naquela fria tarde fraquejei...
Naquela fria tarde lamentei...
Naquela fria tarde chorei.